Não me lembro quando foi a primeira vez que eu vi o tão famoso Super
Mario, um dos maiores símbolos dos videogames e ídolo máximo da
Nintendo. Mas com certeza meu primeiro contato com algum jogo do Mario
foi com Super Mario World, do Super Nintendo. Mesmo assim, em algum dia
há muito tempo atrás eu acabei conhecendo os Super Mario antecessores.
Em 1985 surgiu um jogo que iria revolucionar a indústria de
videogames: Super Mario Bros., para o NES. Um jogo de premissa simples,
onde víamos um encanador bigodudo e de chapéu que consistia em,
simplesmente, pular. Mario pula sobre buracos, pula em cima de goombas,
em cima de koopa troopas, enfim, a principal premissa de Super Mario
Bros. era pular. Além do que foi introduzido logo ali, no primeiro jogo
da série, o power up mais famoso de todos os tempos: o cogumelo. Mario,
um encanador baixinho de início, quando encosta neste power up cresce e,
assim, ganha mais resistência, podendo, então, tomar dois hits para
morrer, ao invés de um.
Em 1989 é lançado nos EUA Super Mario Bros. 2, um jogo muito estranho
e diferente do primeiro. A premissa ainda era pular, porém agora Mario e
seus amigos poderiam agarrar objetos e arremessá-los, bem como fazer o
mesmo com seus inimigos e o jogo apresentava fases não tão lineares,
podendo Mario entrar por portas e etc. Em SMB2 o jogador pode escolher,
além de Mario, jogar com Luigi, Peach ou Toad. Os inimigos não eram os
mesmos do primeiro jogo, mas serviu para fixar alguns personagens, como
Birdo e os Shy Guys. Na verdade, Super Mario Bros. 2 é uma cópia de um
jogo chamado DOKI DOKI PANIC, apenas com os personagens alterados. Isso
porque, na verdade, no Japão o SMB2 era um jogo que seguia a fórmula
padrão do primeiro Mario Bros., só que apresentava uma dificuldade muito
mais elevada. Posteriormente foi lançado em Super Mario All Stars – uma
coletânea de jogos do Mario para Snes – como Super Mario Bros.: The
Lost Levels.
1991 foi o ano de um dos melhores jogos de todos os tempos: Super
Mario Bros. 3. Voltando às raízes do primeiro jogo, SMB3 apresentava
fases lineares, inimigos clássicos da série, como os goombas e os koopa
troopas. Só que SMB3 se destaca tanto pois tem um level design de alto
nível até mesmo para os dias de hoje, proporcionando diversão e desafio.
A não linearidade ficou por conta do World Map, tendo cada mundo suas
fases e o jogador, conforme o caminho que for fazendo, podendo pular ou
não determinadas fases, visitar fases bônus, etc. O jogo apresentou
novos power ups que se tornaram clássicos, como a roupa de guaxinim que
fazia Mario voar ou a roupa de sapo, ajudando Mario na natação.
Super Mario World veio em 1992, fazendo o debut da série no Super
Nintendo. O jogo é praticamente um aprimoramento do SMB3. Na verdade,
este é o meu Super Mario favorito, talvez por ter sido ele a forma com
que eu conheci o mascote da Nintendo. Power ups continuaram fazendo
parte da franquia e o World Map do jogo é genial, com todos os mundos
se interligando e existindo variações tremendas para se passar de fase e
avançar no jogo, como modos escondidos de se passar de fase,
utilizando-se chaves para abrir caminhos alternativos no mapa, além do
mundo da estrela, que era o mundo secreto do jogo. Em Super Mario World
fomos apresentados a uma das figuras mais carismáticas da Nintendo: o
Yoshi, o famoso dinossauro (geralmente verde, mas que também tem azul,
verde, vermelho, etc) que passaria, desde então, a ajudar o encanador
bigodudo em várias aventuras. Yoshi inclusive ganhou um jogo próprio em
1995 no Super Nintendo, chamado Super Mario World 2: Yoshi’s Island,
onde os yoshis carregam Baby Mario nas costas por toda a ilha.
A grande reviravolta veio em 1997, com Super Mario 64. Apresentando
pela primeira vez Mario em 3D, a Nintendo mostrou que sabia tratar o
personagem de forma satisfatória no que tange à transição 2D para 3D.
Aliás, Mario é uma das poucas franquias que tiveram extremo sucesso
tanto em 2D quanto em 3D, pois percebe-se que o arqui-rival do Mario –
Sonic – não teve o mesmo sucesso (infelizmente). A liberdade
proporcionada pelo 3D na época fez os jogadores entrarem em êxtase.
Agora Mario podia andar por todo o castelo da Princesa Peach, entrando
em quadros, que eram as fases do jogo, para capturar estrelas e, então,
poder ir para o encontro final com Bowser, o inimigo de Mario desde
Super Mario Bros. A linearidade aqui foi totalmente combatida e Mario
podia agora fazer diversos caminhos nas fases, que apresentavam os mais
diversos objetivos e não somente ir até o final da fase. Quem não se
lembra de apostar corrida pela primeira vez com um Koopa Troopa gigante
em Bomb-omb Battlefield? Simplesmente épico e revolucionário! Super
Mario 64 é até hoje uma referência gritante para os jogos platformers
atuais. Talvez a maior crítica dos jogos de Mario em 3D seja a limitação
quanto aos power ups, que geralmente funcionam apenas para determinadas
fases e têm limite de tempo, diferente dos jogos anteriores em 2D, onde
era possível passar qualquer fase utilizando qualquer power up. Era o
power up que deveria ser adaptado à fase antes, mas a partir de Super
Mario 64 a fase começava a se adaptar a eles. Yoshi, infelizmente, foi
deixado de lado e é apenas um NPC no jogo.
Em 2002 veio Super Mario Sunshine, para o GameCube. Talvez este seja o
Super Mario mais diferente de todos. Agora Mario encontra-se em uma
ilha que encontra-se bastante suja e Mario deve, com a ajuda de uma
máquina de jato de água – o F.L.U.D.D. – , limpá-la. É também um dos
jogos mais difíceis do encanador, apresentando um level design bastante
desafiador e de várias possibilidades, sendo o F.L.U.D.D. indispensável
para isto, já que ele possui diversas habilidades diferentes, que
auxiliam Mario na empreitada, mas tudo isso dependendo do nível de água
disponível, o que tornam as coisas mais desafiadoras. Agora, ao invés de
estrelas, Mario coleta Shines, mas a premissa é a mesma de Super Mario
64: no final do objetivo coleta-se a Shine, assim como as estrelas de
SM64. Ah, e Yoshi está de volta em Super Mario Sunshine!
Em 2007 veio Super Mario Galaxy, para o Wii. Um jogo que desorienta o
jogador de várias formas, principalmente usando a gravidade. Mario
agora encontra-se em uma nave espacial e deve viajar por diversas
galáxias para coletar estrelas de poder para ir cada vez mais ao
encontro de Bowser e reconquistar sua querida princesa Peach. O level
design do jogo é soberbo e mostra por que Super Mario ainda é referência
para os jogos platformers. Agora o jogo apresenta vários planetas nas
galáxias, e, conforme Mario os circula, fica de ponta cabeça, o que, de
início, pode causar desconforto ao jogador, mas, conforme passa, este
desconforto torna-se somente mais desafio e diversão. As possibilidades
em Galaxy são quase infinitas e deixa os jogadores de queixo caído,
desde a trilha sonora orquestrada (Nintendo, faça o mesmo com Zelda
logo, por favor), passando pela arte estonteante (que tira pedra do Wii)
e chegando até aos desafios impostos pelo jogo para que o jogador
alcance a estrela de cada fase.
A seqüência de Super Mario Galaxy chegou em 2010, também para o Wii:
Super Mario Galaxy 2. A seqüência é basicamente um aprimoramento do
primeiro Galaxy, mas não tanto para soar ao jogador um mais do mesmo. O
level design segue riquíssimo e agora Mario encontra-se em sua própria
nave e, mais uma vez, só para variar, indo atrás da Princesa Peach, que
foi seqüestrada novamente pelo Bowser. Yoshi mais uma vez aparece,
diferentemente do jogo anterior, onde ele inexistia. Yoshi veio em
Galaxy 2 para aumentar as possibilidades do jogo, expandindo ainda mais o
que foi feito no primeiro Galaxy. A premissa continua a mesma do
anterior, com a gravidade deixando o jogador por vezes desorientado, mas
apresenta uma nostalgia bem maior: Galaxy 2 apresenta várias partes em
2D, além de uma galáxia idêntica a um mundo de Super Mario 64.
Simplesmente maravilhoso o trabalho da Nintendo para com os dois jogos
Super Mario para o Wii.
Concluindo, Super Mario é a franquia com a qual a Nintendo mais tem
esmero e carinho. Tudo nos jogos da série é tratado bem e serve qualquer
jogador de qualquer idade, apresentando dificuldade, desafio e diversão
na medida certa. Parabéns pelos seus 25 anos, Super Mario Bros.! Que a
Nintendo continue tratando você como merece, apresentando aos jogadores o
mais fino do que existe quando se fala de jogos de plataforma. Mario é
ainda uma das figuras mais carismáticas da Nintendo e de todos os tempos
dos videogames, mesmo sem nunca emitir nenhum som além dos já
conhecidos “Yahoo”, “Yipeee” e derivados.
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